Izabel Eri Diehl de Camargo, Caminhos da Vida

"São os passos que fazem o caminho". Mario Quintana

Textos


       Há muitos anos ingressei em um grupo de vinte pessoas, para conhecer alguns países em viagem de turismo. Visitamos Israel, acompanhados por uma brasileira, professora de história que residia em Jerusalém. É impossível relatar tudo o vimos e aprendemos naquela viagem. Como cristãos, ao pisar naqueles lugares sagrados e reviver a história, conhecemos o tamanho da emoção contida no coração de cada um de nós.
        Israel é o único país do mundo que observa o preceito bíblico que diz: “Seis dias trabalharás e farás toda a obra, mas o sétimo dia será de repouso para teu Deus”. Chegamos a Jerusalém em um sábado e conferimos a veracidade, pois realmente é dia oficial de descanso - dia de Sabá.
       Observamos que no muro das lamentações homens e mulheres faziam suas orações em alas separadas por sexo e colocavam bilhetinhos nas frestas das pedras. Todos imitaram; até eu coloquei meu pedido a Jesus.
O país é pequeno com apenas vinte mil quilômetros quadrados; informaram-nos que existe vinte por cento de terra fértil, oitenta por cento é irrigada.             Conhecemos o mar Morto, que é o ponto mais baixo do globo, quatrocentos metros abaixo do nível do mar, rico em minerais, como sal, magnésio, potássio e cálcio.
       Passeamos pela bela praia do mar Mediterrâneo que banha Tel Aviv e Jafa. Foi significativa a visita ao mar da Galileia, de água doce, que está há duzentos metros abaixo do nível do mar. Navegamos naquelas águas, em grande barco, ouvindo a história e sentindo a presença de Jesus, por onde Ele passou com seus discípulos na hora da tempestade.
       Recordamos que os discípulos, assustados, gritaram: Senhor! Senhor! Parece que se ouviu a fala do Mestre: Que homens de pouca fé! Sabe-se que nada aconteceu e voltou a calma.
       Mesmo tentando economizar o tempo do nosso caro leitor, devemos dizer algo das cidades mais importantes de Israel, a primeira Tel Aviv e a terceira é Hayfa. Na parte alta de Carmelo está a Universidade de Hayfa, planejada pelo grande brasileiro Oscar Niemayer.
        Como professora universitária, assisti palestras na Universidade Hebrea de Jerusalém; entre outras Universidades citamos Tel Aviv, Beersheba e a Técnica de Hayfa, conhecidas em todo o mundo.
         Passamos pelas colinas de Golan, avistamos os beduínos nas alturas da Judeia com os rebanhos de cabras e de camelos. A alimentação tem por base produtos cultivados no país. As principais exportações consistem em diamantes cortados, cítricos, produtos agrícolas e moda.
       É impossível relatar tudo o que conhecemos, pois seria uma longa palestra. Assim, fica uma breve notícia dos lugares sagrados, igrejas, mesquitas, o Domo da Rocha, sinagogas, Jericó, a cidade da quarentena, a mais antiga do mundo (onde existe a tamareira). Caminhamos pelo Monte do Templo e sentimos a energia do Sermão da Montanha.
     Arrepiamo-nos ao visitar o Santo Sepulcro. Em estado de oração conhecemos a Tumba da Virgem, visitada por árabes e judeus. O monte das Oliveiras, sagrado para o cristianismo, foi onde Jesus ensinou o Pai Nosso e, na Igreja do mesmo nome, apreciamos os quadros com a oração escrita em todos os idiomas do mundo.
       As emoções foram testadas no contato com a história viva “in loco”. No momento em que ouvimos uma palestra explicativa, na sala da Santa Ceia, sobre a distribuição dos pães, as lágrimas rolaram em todos os rostos.
Não é verdade que homem não chora!
Izabel Camargo
Enviado por Izabel Camargo em 18/05/2018
Alterado em 18/05/2018
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